Na virada desse ano, ocorreu um marco histórico não só na cultura pop como na própria lei norte-americana: O Mickey entrou em domínio público. Poderia ser apenas mais um personagem antigo que chegou num ponto inevitável, afinal, toda propriedade intelectual algum dia cairá em domínio público, como são os mitos, as lendas, os contos de fadas, etc. Porém, por que o Rato é especial? Simplesmente por que o estúdio Disney era tão influente que foi responsável pela lei de direitos autorais nos EUA mudar duas vezes, aumentando o prazo que uma obra levava para entrar em domínio público nos EUA, o que por consequência afetou não só o Mickey como diversos personagens e obras.

A lei atual nos EUA são 95 anos após a criação da obra, ou seja, se a mesma obra possui mais de uma versão, só a versão que completou 95 anos ficará em domínio público, enquanto as mais novas continuarão protegidas. Isso é diferente do Brasil, que, além do nosso prazo ser de 70 anos, ele conta a partir da morte do criador e coautores caso possua. Pelo o que vi do assunto, a lei no Brasil também conta para obras internacionais, então, apesar do Mickey estar “liberado” nos EUA, aqui no Brasil levará uns anos ainda (pra ser exata, em 2042).

O que do Mickey está em Domínio Público?

Entre as obras com o Mickey, estão em Domínio Público três curtas: Plane Crazy, The Galopin’ Gaucho e Steamboat Willie.

Um pequeno material de RPG

Com todo o contexto dado, agora vamos à motivação desse post. Mesmo não podendo monetizar o Mickey, não pude deixar de fazer alguma coisa com ele, pois, mesmo eu hoje não gostando mais tanto da Disney quanto quando era criança, eu gostava bastante dos desenhos da turma do Mickey e acho uma pena eles andarem meio apagados (mesmo tendo aqueles curtas com traço que é uma releitura do estilo clássico, não é a mesma coisa), aí, mesmo não sabendo muito como fazer um material mais completo, decidi fazer umas fichas de RPG de alguns dos “filhos” de Walt Disney que já possuem versões em domínio público, que são Ortensia, Oswald, Minnie e Mickey. Eu poderia incluir o Pete (Bafo de Onça), mas quis ficar só com os casais mesmo.

O sistema que usei como base foi a segunda versão do Solo 10, da 101 games, que é um sistema muito bom pra quem tá começando no RPG Solo. Apesar de Herança de Cthulhu ser da versão anterior, praticamente o Solo 10 foi o meu sistema de entrada e o curto bastante.

Abaixo está o link do arquivo no Drive. Nele contém um posterzinho, que é a capa da postagem, uma pequena introdução de cenário, colocando os personagens num survival horror, ficha de cada um dos personagens, duas Qualidades originais e uma folha com figures para usar como marcador nas mesas. Indico imprimir direto em folha A6 ou imprimir 4 páginas por folha em uma sulfite normal, este é o tamanho adequado. Vou deixar também o link do Licença aberta 2.0 do Solo 10, para quem não conhece o sistema ou precise consultar as regras e descrição das qualidades e perícias.

Fichas Mickey DP 1.0

Licença aberta Solo 10 2.0